
Dados

. O Brasil é o terceiro país com maior população carcerária do mundo
. Em Junho de 2023 eram 27.375 mil são mulheres privadas de liberdade
. Desde 2000, o número de mulheres no cárcere aumentou quase 700%
. No Rio de Janeiro, 2.254 mulheres vivem no carcere (Junho 2023)
. Apenas 7% dos presídios são 100% femininos
. 84% das detentas têm filhos
. 70% das mulheres não trabalham durante a reclusão;
. 78,6% não têm acesso a qualquer formação ou estudo;
. 91,2% não têm nenhum tipo de ocupação.
Fonte: Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias - Infopen, junho /2023; IBGE, 2023.

. Segundo o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase),
. 46 mil crianças e adolescentes estão detidos no Brasil.
. 8 em cada 10 são negros.
. 86% não concluíram o ensino fundamental.
. 59% tiveram algum parente próximo que já havia sido preso.
. 39% já tiveram alguém da família assassinado.
. 88% são reincidentes com mais de uma internação.
Fonte: SINASE- Infopen, julho /2020

A moda é um dos principais discursos de empoderamento feminino, além de ser um importante setor da economia:
. No Brasil, 100 mil empresas atuam no segmento;
. Dos 1.6 milhão de empregos gerados no setor, 75% são ocupados por mulheres;
. É o segundo maior empregador da indústria;
. O Brasil é referência mundial nos segmentos de moda praia, fitness, lingerie, jeanswear e homewear.

. O Brasil é o quarto maior produtor de jeans no mundo;
. 160 mil toneladas de resíduos têxteis são gerados por ano no país;
. 50% poderiam ser reciclados;
. O equivalente a um caminhão de lixo é enviado ao aterro ou à incineração a cada segundo;
. Uma calça jeans consome 3.781 litros de água em seu ciclo de vida.
Fonte: Reciclasampa.com.br 18/06/2020

Impacto
Quando pensamos no contexto das mulheres em situação de cárcere ou egressas do sistema, é inevitável desconsiderarmos as questões de gênero que atravessam essa condição. Uma pesquisadora do Instituto Terra Trabalho e Cidadania, Débora Vasconcellos, destaca que, geralmente, as mulheres em situação de cárcere recebem visitas majoritariamente de outras mulheres, como mães, avós, tias, irmãs e filhas. A pesquisadora relaciona esse fato à realidade, ainda hoje presente, de o cuidado familiar ser realizado essencialmente por mulheres.
A defensora pública de São Paulo, Surrailly Fernandes Youssef, em ressonância com a constatação de que o cuidado familiar é geralmente exercido por mulheres, indica que a maioria das mulheres presas era chefe responsável pelo sustento econômico da casa e da família.
Nosso projeto considera a importância de apoiar essas mulheres no caminho de retorno aos seus laços familiares, sociais e ao mercado de trabalho. A Namah Social não impacta apenas uma aluna, mas o meio social no qual essa mulher está inserida e pelo qual é, muitas vezes, responsável pelo cuidado e manutenção. Nossa aposta é que o acolhimento e o trabalho em conjunto possam abrir novos horizontes de reinserção, no mercado de trabalho e na vida, afastando a possibilidade de reincidência no sistema prisional.